O Que É
- Passividade Sábia
- Discernimento e Autodomínio
O Que Não É
- Atitude “Laissez Aller” (o que é bom?)
- Indolência de Mente (nenhum direcionamento)
Eu me lembro de duas festas das quais participei quando criança.
A primeira foi uma festa do pijama, em que eu vi a mãe que estava responsável somente uma vez: no café da manhã. O restante do tempo, nós, meninas, fomos deixadas à vontade para fazer tudo e qualquer coisa que desejássemos. E acredite, nós fizemos.
A outra festa foi como usar uma camisa de força. A mãe que estava responsável tinha todas as atividades cronometradas por minuto, e não nos permitiu um dedo sequer de liberdade para contribuir com o cronograma ou alterar qualquer atividade. Aquela pobre mãe estava tão preocupada e nervosa sobre aquele tempo de confraternização que rapidamente deixou todas as crianças igualmente irritadas e nervosas.
Dois extremos. Entre eles está o feliz estado da Inatividade Controlada.
Então, o que exatamente é Inatividade Controlada? Charlotte desdobrou suas muitas facetas, descrevendo tanto o que é quanto o que não é. Em cada artigo desta série, resumiremos em frases o que ela é e o que ela não é.
Inatividade Controlada “não tem nada a ver com a atitude laissez aller, que vem de pensar ‘o que é bom?'” É tão fácil cair nessa atitude de derrota. Mas derrota não é o mesmo que Inatividade Controlada.
“E, além disso, está longe de se assemelhar a pura indolência de mente, que deixa as coisas acontecerem ao invés de se dar ao trabalho de conduzi-las a algum fim.” Indolência significa preguiça! Inatividade Controlada não é o mesmo que permitir que as crianças corram soltas apenas porque segurar as rédeas requer esforço. Educar os filhos bem exige trabalho e decisões intencionais.
Wordsworth usava a frase “passividade sábia” para enfatizar o que é Inatividade Controlada. Observe a palavra “sábia”. Muitos pais exercem a passividade, mas, na maioria das vezes, ela não é sábia.
A sabedoria vem do discernimento. De fato, Charlotte observou que a Inatividade Controlada deve envolver “discernimento e autodomínio”. Essas duas palavras são os elementos que faltaram nas duas festas das quais participei.
A primeira mãe, que nos deixou fazer o que desejamos, não tinha ideia do que estávamos pensando ou querendo. Você tem discernimento sobre o que seus filhos estão pensando e fazendo? Se não, proponha-se a se tornar estudante de seus filhos. Estude-os e aprenda como cada um deles age.
A segunda mãe, que dirigiu a festa como um sargento, não exercia autodomínio.
Uma vez que a festa estava organizada, ela precisava restringir sua tendência natural de dominar tudo, e simplesmente permitir-nos desfrutar da companhia uns dos outros no ambiente que ela havia criado.
Discernimento e autodomínio. Grandes qualidades que um pai precisar ter… ou um anfitrião de festas.
Reproduzido e traduzido com a permissão de Simply Charlotte Mason.
Traduzido por Arielle Pedrosa