Preocupações # 3: Algumas dessas literaturas de ficção podem exigir muito esforço para serem entendidas.
Isso é verdade. Alguns bons livros estão escritos em linguagem arcaica, usando frases estruturadas de forma diferente daquilo que estamos habituados e palavras que jamais ouvimos. Mas, ao invés de ser um obstáculo, esse desafio deve ser visto como outro benefício. Uma boa literatura deve nos encorajar a pensar. O esforço e a disciplina podem operar um grande crescimento.
Charlotte Mason dizia que esse tipo de livro é valioso:
“As aulas que ouvimos, os livros que lemos, não servem de nada para nós, exceto quando nos fazem pensar” (Ourselves, página 182).
E não é apenas o tipo de pensamento relacionado ao esforço de compreensão que faz o leitor crescer. Existe outro tipo de pensamento que fará grandes contribuições para a vida.
Jesus proferia parábolas que eram fáceis de compreender, mas exigiam que o ouvinte pensasse, ponderasse, para que pudesse entender completamente. Charlotte explica:
“Ele contava às pessoas histórias que elas poderiam permitir passar facilmente por suas mentes, como um interesse momentâneo, ou sobre as quais elas poderiam pensar, formar opiniões e encontrar ali um guia para o significado de suas vidas” (Ourselves, p. 184).
E é isso que a boa literatura pode fazer por nossos filhos. As escolhas e as consequências retratadas em histórias fictícias – verdades atemporais ilustradas sobre tópicos apropriados para o nível da criança –, os exemplos dos personagens, ajudam os nossos alunos a gradualmente formar seus próprios princípios para a vida.
Nós não queremos que as crianças vivam em um mundo de fantasia fictício, mas frequentes viagens para este mundo podem contribuir de forma poderosa com a instrução de suas consciências e a educação de seus corações – com o crescimento delas.
Reproduzido e traduzido com a permissão de Simply Charlotte Mason.
Traduzido por Arielle Pedrosa